no recorte incessante
das reminiscências
da infância
– que passam… –
vivo inebriada,
incomodada
da inscontância
– … dentro da retina… –
que me sufoca, enlouquece
e deixa um vazio
[infundado e enfadado
– … sem parar! –
nos laços criados
de faz de conta
à aço cirúrgico
– entrelaços de sem querer –
continuo quase que
sem perceber
inventando
– realidades já traçadas? –
E você que nada vê
ou finge não ver
cá estou eu
– num buraco sem fim. –